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Contabilidade aposta na modernização para seguir valorizada

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É muito comum que datas comemorativas, como o aniversário e o Natal, sejam momentos de reflexão, usados para se fazer um balanço do ano que passou, das conquistas e dos sonhos e objetivos a serem perseguidos no futuro. O mesmo pode se aplicar à data dedicada a uma categoria.

Este pode ser o momento perfeito para avaliar seu negócio, seu grau de qualificação e que mudanças mais têm impactado na área.

O Dia do Contador, celebrado em 22 de setembro, é um desses momentos – uma oportunidade para se debruçar sobre a realidade da profissão e para comemorar avanços importantes dos últimos anos.

Quando questionados sobre as conquistas relevantes, uma resposta é unânime e motivo de orgulho para a categoria: a maior valorização profissional. A mudança na imagem do contador de um mero guarda-livros para um gestor financeiro e fiscal indispensável à saúde dos negócios e do fluxo de caixa de pessoas físicas foi muito perseguida. E agora parece ter sido finalmente alcançada.

O vice-presidente de Relações Institucionais do Conselho Regional de Contabilidade do Estado (CRCRS), contador Celso Luft, o Dia do Contador deve ser comemorado por toda a evolução que a profissão conquistou no mercado. “Tanto nas empresas quanto entre a população em geral, o contador se tornou mais valorizado e capacitado para atender às necessidades dos clientes”, diz Luft.

A última década foi marcada por fatos importantes para essa mudança de paradigma. Algumas delas foram impulsionadas pela grande crise econômica global (com início em 2008) e uma consequente responsabilização da classe contábil pela falta de transparência nas demonstrações de empresas à beira do colapso, a adoção no Brasil das normas internacionais de contabilidade (IFRS) e a cobrança por maior transparência no setor público e privado exacerbada após as dificuldades econômicas e políticas vividas no País.

Há três anos, as obrigações acessórias eram apontadas pelas entidades representativas da classe contábil como os principais entraves para a chegada das Ciências Contábeis a um outro patamar. Ao longo de décadas, as principais mudanças no mundo da contabilidade eram associadas às mudanças na legislação. Os processos e cálculos eram ajustados a cada mudança de alíquota ou pela criação de novos tributos, mas a troca de informações com os clientes e os órgãos arrecadadores eram feitas da mesma forma. Isso foi a regra até a explosão da informática e das comunicações. Agora, os escritórios contábeis estão frente ao mesmo desafio de outras indústrias: como se adaptar às novas exigências digitais que chegaram com tanta velocidade.

Muitos ainda veem as novas ferramentas tecnológicas como possíveis vilões. Mas as novas tecnologias vieram, inclusive, para diminuir a dificuldade em manter-se em conformidade com as exigências fiscais e facilitar o cumprimento das exigências do Fisco. Elas liberaram os profissionais para se dedicarem ao tratamento das informações geradas, porém, paralelamente, vêm impondo o desafio de realmente tornar os dados gerados relevantes.

O desafio é realmente não encarar os robôs, softwares, sistemas informatizados como concorrentes, mas como aliados, dizem os especialistas. Este deve ser o pulo do gato e o grande desafio da contabilidade no futuro.

De acordo com a pesquisa da Thomson Reuters e Live University, 61% dos entrevistados preferem profissionais com pouca atuação na área tributária, mas bastante conhecimento em tecnologia e inovação – uma tendência que vem ocorrendo em todas as áreas e segmentos. De acordo com Luft, isso é prova de que o profissional deve se tornar “mais um analista de sistemas e de dados e menos um digitador das informações para o Fisco”.

O presidente do Sindicato das Empresas Contábeis do Rio Grande do Sul (Sescon/RS), Célio Levandovski, complementa que é hora de “atender o cliente e não o governo”. Para o empresário contábil é momento de fazer menos o operacional e mais a gestão, qualificando o serviço oferecido.

Na área de finanças, em especial no setor tributário, o uso da Inteligência Artificial vem se tornado cada vez mais fundamental para eliminar os erros manuais, aumentar a produtividade e tornar o negócio mais estratégico. Essa eficiência é decisiva no Brasil, onde são gastas 1.958 horas por ano para atender todas as obrigações fiscais, de acordo com o Banco Mundial.

Pesquisa realizada pela Thomson Reuters em parceria com a Live University, aponta que 56% das empresas brasileiras pretendem utilizar Inteligência Artificial para otimizar a gestão de tributos. Quando o debate é sobre qual tecnologia é mais funcional para o setor, 61% dos profissionais apontam o Machine Learning como a inovação mais capaz de beneficiar o segmento; 31% apostam no Data Science e 10% preferem os chatbots.

Essas tecnologias reunidas devem revolucionar diversas áreas. No caso do setor tributário, pode-se ver em curto prazo uma espécie de humanização do trabalho – ironicamente proporcionado pelos robôs – com a eliminação das atividades burocráticas e rotineiras que demandam muito tempo.

Além da tecnologia, o avanço da desburocratização também é um alento aos profissionais contábeis. O presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis (Fenacon), Sérgio Approbato Machado Júnior, destaca que a entidade tem se dedicado para contribuir com o governo em busca de avanços nessa área de acordo com as necessidades do setor contábil.

“Um passo importante a ser dado, e de forma urgente, é a inovação dos processos excessivamente burocráticos. A ideia é dirimir os entraves e as dificuldades que o excesso de burocracia causa na gestão de uma empresa”, ressalta Machado Júnior. Levandovski também espera que a minimização da burocracia no Brasil contribua para que o novo perfil profissional ganhe espaço.

Existe mercado para diferentes tipos de serviços prestados

Um assunto recorrente nas rodas de empresários contábeis é a preocupação com a competição com as empresas de contabilidade digital, que oferecem serviços mais baratos e menos personalizados e vem abocanhando uma grande fatia de mercado.

A migração de clientes dos escritórios físicos já é sentida pelos empresários gaúchos, mas o presidente do Sescon/RS, Célio Levandovski, tranquiliza aqueles mais alarmados. Ele garante que o mercado tem espaço para todos.

Segundo Levandovski, a contabilidade digital pode ser útil para aquela empresa que não precisa contar com o apoio do contador como auxiliar da gestão – “o que na verdade serve apenas para uma minoria”. Essa espécie de competição com um modelo de serviço oferecido em ambiente digital e com as novas tecnologias capazes de importar dados gerados pelos clientes e manuseá-los, está forçando as empresas tradicionais de contabilidade a ir além, destaca o também empresário contábil.

Uma das empresas de contabilidade digital que mais têm despontado no País é fintech Contabilizei. Este ano, a startup foi incluída na lista Linkedin Top Startups, que reuniu as 25 jovens empresas de destaque onde os brasileiros querem trabalhar atualmente.

Recentemente, a empresa com sede em Curitiba recebeu investimento de R$ 75 milhões da Point72 Ventures, fundo de capital de risco do bilionário norte-americano americano Steve Cohen. Foi o primeiro investimento em startup do grupo no Brasil. Disponível em mais de 30 cidades em todo o Brasil, incluindo as principais capitais, a empresa foi fundada em 2013 pelo empresário Vitor Torres e tem mais de 5 mil clientes em todo Brasil.

A companhia desenvolveu sistema que permite que a contabilidade de empresas com até 20 funcionários seja feita a partir da internet. Para isso, ela investe em sistemas de automação que agilizam o cálculo de imposto a pagar e o preenchimento de declarações obrigatórias, explica o fundador e presidente da empresa, Vitor Torres. “A contabilidade foi feita por muito tempo da mesma forma, o governo nunca facilitou para o empresário e para o contador. Automatizamos tudo o que é operacional, que ocupa quase 100% do tempo do profissional”, explica Torres.

Contudo, Levandovski garante que os escritórios contábeis já existentes que forem além do serviço tradicional e criarem um vínculo com os clientes terão um diferencial em relação às empresas online e devem sobreviver. “O segredo é para um pouco na correria do dia a dia, valorar o serviço prestado, buscar qualificação e manter-se em contato com o cliente, ajudando no gerenciamento das suas contas”, indica Levandovski, que também mantém um escritório em atuação há anos em Porto Alegre.

Para ele, o escritório físico tem entre as suas principais qualidades o olho no olho com o cliente, a adequação do serviço ao que o cliente realmente precisa e a divisão da responsabilidade sobre as informações prestadas e pagamentos feitos ao Fisco com o profissional contábil. Caberá aos clientes fazer a escolha do serviço que mais se enquadra nas suas necessidades.

Contadores precisam dar atenção à saúde do próprio negócio

Além de se dedicarem aos negócios dos seus clientes, os contadores devem pensar sobre a qualidade do serviço que estão oferecendo, seu modelo de negócios e como tornar-se mais competitivo e qualificado.

O contador e vice-presidente do CRCRS, Celso Luft, garante que o mercado segue aquecido para os contadores. “O crescimento da necessidade de implementação de ferramentas de transparência e resposta às exigências do mercado e da população pressionou o contador a entregar as demonstrações contábeis de forma mais transparente para o cliente e para a sociedade”, recorda Luft, salientando a necessidade de qualificação do trabalho prestado para se manter em operação.

Estimular a reflexão em torno desses pontos é um dos focos do Grupo de Gestão do Sescon/RS, criado este ano. O novo fórum foi criado para troca de ideias e promoção do debate sobre assuntos ligados ao empreendedorismo. O objetivo é trazer novidades, compartilhar conhecimentos e dar um novo olhar ao empreendedorismo contábil, desligando um pouco dos assuntos técnicos e legais.

O ideal, diz o presidente do Sescon/RS, é que a avaliação e planejamento sejam feitos por cada empresário ou contador de acordo com seus objetivos e com o mercado em que estão inseridos. “Talvez um caminho seja adequar o tipo e número de clientes e tamanho do negócio à realidade. No meu caso, por exemplo, em um momento tive que decidir por atender apenas pessoas físicas e prestadores de serviços e por manter um escritório com poucos funcionários. O tipo de serviço que presto, de relação que mantenho com meus clientes e o estilo de vida que adotei funciona desse jeito”, determina Levandovski.

Fonte: Jornal do Comércio RS

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